terça-feira, 7 de agosto de 2018

Estrutura geológica e mineração no Brasil

INTRODUÇÃO


O estudo da estrutura geológica do Brasil requer a compreensão de que o conjunto geológico brasileiro é parte de uma unidade geológica – Plataforma Sul-Americana, que por sua vez está contida em um imerso bloco rochoso denominado de Placa Tectônica Sul-Americana.
A Placa Sul-Americana é uma das 7 (sete) placas tectônicas que conformam a camada denominada de Litosfera, a qual se constitui na parte rochosa do planeta Terra. Portanto, a Litosfera é formada pela Crosta terrestre e pela parte superior do Manto (rochosa).
Destaca-se que a Crosta terrestre (que divide-se em crosta continental e crosta oceânica), o Manto e o Núcleo são as 3 (três) camadas principais que compõe a estrutura do Planeta. Embora, a estrutura interna do planeta também seja composta pela Litosfera, como já foi citado, e pela Astenosfera, uma camada pastosa que compreende parte do manto superior (pastoso) e se limita com a Litosfera.
A formação geológica da Placa Sul-Americana está relacionada a dois elementos fundamentais: a Deriva Continental e Tectônica Global/Tectônica de Placas.
A Deriva Continental é uma teoria que visa explicar a formação dos continentes e oceanos, sendo desenvolvida pelo pesquisador (meteorologista) alemão Alfred Wegener, em 1912. Em 1915, ele publicou o livro "A origem dos Continentes e dos Oceanos", em que propôs a teoria, com base nas formas dos continentes de cada lado do Oceano Atlântico, que pareciam se encaixar. Wegener propôs que há cerca de 220 milhões de anos teria existido apenas um continente, a Pangéia (palavra significa “toda a terra”), o qual se dividiu em dois grandes continentes, sendo o setentrional chamado de Laurásia e o austral denominado de Gondwana.
Já a Tectônica de Placas ou Tectônica Global é uma teoria que explica o movimento dos blocos rochosos (placas tectônicas) que compõem a Litosfera e sua atuação na formação a superfície terrestre.  O movimento das placas tectônicas ocasionam o que pode-se chamar de Tectonismo, que é o processo de transformação da crosta terrestre.
Destaca-se que a exploração de petróleo em alto-mar, na década de 1960, ajudou a constatar a expansão do assoalho oceânico, confirmando a teoria da Deriva Continental e da Tectônica de Placas, pois as rochas retiradas do fundo do mar, a medida que aumentava a distância entre o local onde as rochas foram encontradas e a Dorsal Atlântica, aumentava também a idade das rochas.
A partir da teoria da Deriva Continental compreende-se que a crosta terrestre é descontínua e fragmentada em vários blocos, que são formados por partes continentais e oceânicas. Deste modo, entende-se que a Placa Sul-Americana é composta uma parte continental e um parte oceânica, constituídas ao longo de milhares de anos.
Com base na teoria da Tectônica Global constata-se que a Placa Sul-Americana está em movimento contínuo, sendo constituída de bordas divergentes (área de afastamento entre as placas tectônicas, no caso entre a Placa Sul-Americana e a Placa Africana), bordas convergentes (área de colisão entre as placas tectônicas, no caso entre a Placa Sul-Americana e a Placa de Nazca) e bordas conservativas (área em que duas placas tectônicas se encostam a partir de um movimento paralelo, não ocorre colisão ou afastamento de placas, no caso isso ocorre entre a Placa Sul-Americana e Placa do Caribe, e também entre a Placa Sul-Americana e Placa Antártica). Conforme a forma de contato entre as placas (divergente ou convergente) há um processo diferente de transformação da crosta terrestre.
As duas teorias apresentadas se complementam, sendo fundamentais para o entendimento da história geológica do planeta, sua dinâmica atual e como será o seu futuro. As unidades geológicas que conformam a Placa Sul-Americana estão relacionadas ao desenvolvimento desses dois grandes fenômenos: o movimento dos continentes e oceanos e a interação entre as placas tectônicas.


Acesso ao material de apoio textual completo pelo link: Estrutura Geológica e mineração no Brasil.