INTRODUÇÃO
Acesso ao material de apoio textual completo pelo link: Estrutura Geológica e mineração no Brasil.
O estudo da estrutura geológica
do Brasil requer a compreensão de que o conjunto geológico brasileiro é
parte de uma unidade geológica – Plataforma Sul-Americana, que por sua
vez está contida em um imerso bloco rochoso denominado de Placa Tectônica
Sul-Americana.
A Placa Sul-Americana é uma das 7
(sete) placas tectônicas que conformam a camada denominada de Litosfera, a qual
se constitui na parte rochosa do planeta Terra. Portanto, a Litosfera é formada
pela Crosta terrestre e pela parte superior do Manto (rochosa).
Destaca-se que a Crosta
terrestre (que divide-se em crosta continental e crosta oceânica), o Manto
e o Núcleo são as 3 (três) camadas principais que compõe a estrutura do
Planeta. Embora, a estrutura interna do planeta também seja composta pela Litosfera,
como já foi citado, e pela Astenosfera, uma camada
pastosa que compreende parte do manto superior (pastoso) e se limita com a Litosfera.
A formação geológica da Placa
Sul-Americana está relacionada a dois elementos fundamentais: a Deriva
Continental e Tectônica Global/Tectônica de Placas.
A Deriva Continental é uma teoria
que visa explicar a formação dos
continentes e oceanos, sendo desenvolvida pelo pesquisador (meteorologista)
alemão Alfred Wegener, em 1912. Em 1915, ele publicou o livro "A
origem dos Continentes e dos Oceanos", em que propôs a teoria, com base
nas formas dos continentes de cada lado do Oceano Atlântico, que pareciam se
encaixar. Wegener propôs que há cerca de 220 milhões de anos teria existido
apenas um continente, a Pangéia (palavra significa “toda a terra”), o qual se
dividiu em dois grandes continentes, sendo o setentrional chamado de Laurásia e
o austral denominado de Gondwana.
Já a Tectônica de
Placas ou Tectônica Global é uma teoria que explica o movimento dos blocos
rochosos (placas tectônicas) que compõem a Litosfera e sua atuação na formação
a superfície terrestre. O movimento das
placas tectônicas ocasionam o que pode-se chamar de Tectonismo, que é o processo de
transformação da crosta terrestre.
Destaca-se que a exploração de petróleo em alto-mar, na
década de 1960, ajudou a constatar a expansão do assoalho oceânico, confirmando
a teoria da Deriva Continental e da Tectônica de Placas, pois as rochas
retiradas do fundo do mar, a medida que aumentava a distância entre o local
onde as rochas foram encontradas e a Dorsal Atlântica, aumentava também a idade
das rochas.
A partir da teoria da Deriva Continental compreende-se que a
crosta terrestre é descontínua e fragmentada em vários blocos, que são formados
por partes continentais e oceânicas. Deste modo, entende-se que a Placa Sul-Americana
é composta uma parte continental e um parte oceânica, constituídas ao longo de
milhares de anos.
Com base na teoria da Tectônica Global constata-se que a
Placa Sul-Americana está em movimento contínuo, sendo constituída de bordas divergentes (área de afastamento
entre as placas tectônicas, no caso entre a Placa Sul-Americana e a Placa
Africana), bordas convergentes (área
de colisão entre as placas tectônicas, no caso entre a Placa Sul-Americana e a
Placa de Nazca) e bordas conservativas
(área em que duas placas tectônicas se encostam a partir de um movimento
paralelo, não ocorre colisão ou afastamento de placas, no caso isso ocorre
entre a Placa Sul-Americana e Placa do Caribe, e também entre a Placa
Sul-Americana e Placa Antártica). Conforme a forma de contato entre as placas
(divergente ou convergente) há um processo diferente de transformação da crosta
terrestre.
As duas teorias apresentadas se complementam, sendo
fundamentais para o entendimento da história geológica do planeta, sua dinâmica
atual e como será o seu futuro. As unidades geológicas que conformam a Placa
Sul-Americana estão relacionadas ao desenvolvimento desses dois grandes
fenômenos: o movimento dos continentes e oceanos e a interação entre as placas
tectônicas.
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